Ana-b92@bookwyrm.social a publié une critique de Les fleurs du mal par Charles Baudelaire
Entre o perfume e o veneno – Minha imersão em As Flores do Mal de Charles Baudelaire
4 étoiles
Ler As Flores do Mal de Charles Baudelaire foi como caminhar por um jardim proibido, onde cada flor guarda um aroma sedutor e, ao mesmo tempo, um espinho oculto. Desde o primeiro poema, senti que Baudelaire não escreve apenas sobre beleza ou dor, mas sobre a tensão constante entre as duas.
A obra percorre temas como amor, morte, tédio, pecado e redenção, sempre com uma linguagem precisa e profundamente sensorial. Há versos que parecem pintar imagens diante dos olhos; outros soam como música, carregada de melancolia e desejo. Em muitos momentos, me vi dividido entre o fascínio e o desconforto, como se estivesse sendo conduzido por um guia que conhece todos os cantos sombrios da alma humana.
O que mais me marcou foi o modo como Baudelaire transforma a decadência em arte. Ele não disfarça o feio, o imoral ou o desesperador; pelo contrário, ele os envolve em ritmo e …
Ler As Flores do Mal de Charles Baudelaire foi como caminhar por um jardim proibido, onde cada flor guarda um aroma sedutor e, ao mesmo tempo, um espinho oculto. Desde o primeiro poema, senti que Baudelaire não escreve apenas sobre beleza ou dor, mas sobre a tensão constante entre as duas.
A obra percorre temas como amor, morte, tédio, pecado e redenção, sempre com uma linguagem precisa e profundamente sensorial. Há versos que parecem pintar imagens diante dos olhos; outros soam como música, carregada de melancolia e desejo. Em muitos momentos, me vi dividido entre o fascínio e o desconforto, como se estivesse sendo conduzido por um guia que conhece todos os cantos sombrios da alma humana.
O que mais me marcou foi o modo como Baudelaire transforma a decadência em arte. Ele não disfarça o feio, o imoral ou o desesperador; pelo contrário, ele os envolve em ritmo e beleza, como se dissesse que até a corrupção tem sua estética.
Percebi também o quanto seus poemas são atemporais. Apesar de escritos no século XIX, falam de inquietações que continuam vivas – o cansaço do cotidiano, a busca por intensidade, o desejo de transcender a mediocridade.
Ao fechar o livro, senti que As Flores do Mal não é apenas uma coletânea de poemas, mas uma experiência. É entrar num espaço onde prazer e angústia se entrelaçam, e onde, inevitavelmente, saímos transformados.